Belo Horizonte - Quando o presidente Alexandre Kalil assumiu o Atlético-MG, em 2008, a receita total do clube era de R$ 60,8 milhões por ano. Em 2012, o valor passou para R$ 162,9 milhões, de acordo com o último balanço, publicado em abril, e a projeção da diretoria é que neste ano o montante ultrapasse os R$ 200 milhões graças ao título da Libertadores e à participação no Mundial de Clubes. As dívidas, porém, cresceram na mesma proporção e passaram de R$ 265 milhões, em 2008, para R$ 414 milhões em 2012.
A prioridade de Kalil, no entanto, não é quitar dívidas. Ele queria conquistar um título de expressão, algo que o Galo não conseguia desde o Campeonato Brasileiro de 1971. Alcançado esse objetivo, o clube agora vai investir pesado na internacionalização da sua marca. O passo mais importante para atingir essa meta a curto prazo é vencer o Mundial de Clubes, que será disputado em dezembro no Marrocos.
Para tentar superar o favorito Bayern de Munique, a meta da diretoria é segurar as principais peças do elenco, sobretudo Bernard, alvo de cobiça de vários clubes da Europa. O garoto recebeu propostas de Arsenal (Inglaterra), Porto (Portugal) e Shakhtar Donetsk (Ucrânia). A diretoria pediu que as negociações fossem retomadas somente depois da decisão da Libertadores e nesta quinta-feira mesmo o atacante passou a decidir o seu futuro.
Uma coisa é certa: Bernard não quer ir para o Shakhtar porque acha que lá vai se "esconder" e perder espaço com Felipão na seleção brasileira.
Se depender da diretoria, apesar das propostas milionárias (fala-se em R$ 75 milhões), Bernard não sai antes do Mundial. Mas, se o atacante decidir ir para a Europa, está certo que o dinheiro será usado em novas contratações e não para pagar dívidas. "Se tivermos de vendê-lo, vamos usar a criatividade para buscar outro jogador", avisou o diretor de futebol do clube mineiro, Eduardo Maluf.
Reforços
O clube quer reforços pontuais. Como a janela de transferências para a contratação de jogadores do exterior está fechada, a diretoria vai atrás de atletas no mercado brasileiro. O problema é que as opções são escassas, já que são poucos os jogadores da Série A do Brasileiro que não atingiram o limite de seis jogos que permite a eles defender outra equipe na competição.
"Esse título da Libertadores nos obriga a trazer mais bons jogadores para o fim do ano. Com isso vamos subir de patamar e, quem sabe, beliscar uma Copa do Brasil. Vamos manter os que estão aqui e trazer umas três pecinhas para melhorar o nosso time", disse Cuca.
Por ter participado da Libertadores, o Galo entra já nas oitavas de final da Copa do Brasil, a partir do próximo mês. Devido ao título, o time já está garantido na próxima edição do torneio continental. Assim, o objetivo da equipe na Copa do Brasil não é a vaga dada ao campeão na Libertadores, mas apenas aumentar a sua sala de troféus com uma taça que o clube nunca conquistou.
Espelho
O Corinthians, campeão da Libertadores e do mundo em 2012, é a referência do Atlético-MG. Depois que conquistou a América, o clube paulista vendeu apenas dois titulares: o zagueiro Leandro Castán e o meio-campista Alex. Com a base mantida, o Alvinegro contratou o peruano Guerrero, herói do título mundial.
"Tenho citado sempre o Corinthians como exemplo e está dando sorte, então vou continuar", afirmou Cuca.
Fonte: http://www.d24am.com
Galeria de Vídeos
- Notícias Atualizadas
- Comentários
Publicidade